A Fera Amansada é uma das maiores e mais controversas cómicas batalhas do sexo. A farsa gira à volta do cortejar de Petrúquio, um caçador de fortunas e Catarina, uma mulher temperamental e de pelo na venta. Inicialmente Catarina não se mostra interessada no namoro, mas Petrúquio sedu-la com uma série de truques psicológicos – “a domesticação” – até ela se sentir impelida a casar com ele.

Shakespeare, o maior dramaturgo de língua inglesa, é acusado de pouca originalidade tendo, nomeadamente, plagiado Ovídio, Horácio, Lucrécio, usando mesmo excertos destes autores. Mas, ele não tinha, porém, medo de o fazer. Abria o arquivo da cultura clássica, reescrevia e moldava-o de maneira a que ali se visse modernidade. As suas peças falam de reis, gente da corte, contudo, com um propósito único; o comportamento humano. Os seus temas são clássicos, sendo por isso, intemporais, sentindo-se neles constante atualidade. Do mesmo modo que Shakespeare se inspirou nos textos dos grandes autores da Antiguidade, também as suas peças de teatro, nos permitem a constante adaptação ao meio e à época em que vivamos. A obra de Shakespeare sobreviveu ao longo destes últimos quatro séculos, irá certamente continuar a sobreviver a muito mais do que lhe façamos. No dia 23 de abril de 2016 comemoram-se os 400 anos da morte deste autor, uma efeméride que não quisemos deixar passar em claro e, para a qual, agendámos a criação de “A Fera Amansada”, ficando a direção a cargo do encenador inglês, John Mowat.

FICHA ARTÍSTICA

A partir de | William Shakespeare
Encenação | John Mowat
Interpretação | Luiz Oliveira; Rita Calatré e Vítor Fernandes
Música Original e Interpretação | Rui Souza
Desenho de Luz | Fred Meireles e Fernando Oliveira

Género Artístico:
Comédia

Classificação Etária:
M/12

Duração Aproximada:
60 min